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Nota de solidariedade aos agentes penitenciários de Goiás

O Sindarspen vem através desta nota se solidarizar às fam?
04/01/2018


   Novo ano, velhos problemas persistem. 2018 infelizmente começa como 2017: massacres em unidades prisionais superlotadas. Neste 01 de janeiro, uma rebelião deixou novo presos mortos e outros 14 feridos em um Complexo Penal  de Goiás. Um ano atrás, um dos piores massacres já vistos no sistema prisional brasileiro aconteceu com um motim  no Complexo  Penitenciário Anísio Jobim , em Manaus. O saldo: 56 mortos. Nos dias seguintes, outras rebeliões aconteceram no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.  
 
   A superlotação e as más condições nos presídios estão entre os fatores que desencadeiam todos os anos esta sequência de rebeliões, além das guerras entre facções.    O Superintendente de Segurança de Goiás, informou que o episódio ocorrido nesta semana se deu porque presos invadiram outras alas. Já há confirmação de uso de armas de fogo pelos detentos. Como medida, o Governador do Estado determinou a convocação de 1600 vigilantes penitenciários que aguardavam convocação.

   Na terça feira, 02, um dia após a rebelião, dois agentes penitenciários foram assassinados na rua a tiros. De acordo com a Nota do Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal (SINSEP), “tudo indica que os assassinatos são uma retaliação a uma revista ocorrida na segunda feira.”
 
   O SINDARSPEN vem através desta nota se solidarizar com os colegas , bem como familiares dos agentes que foram vítimas de tal violência. E ainda, reforça a importância da nossa luta unida em todo o país, para que nossas reivindicações  que vem sendo bandeira de luta há anos, sejam atendidas. Que continuemos pressionando, pois a situação não pode ser somente resolvida quando mortes e rebeliões acontecem. 
 
   Visto que tanto em 2017 como ,agora, em 2018, o Conselho Nacional de Justiça, por determinação do Supremo Tribunal Federal, determinou que fossem apuradas as causas das crises nas unidades prisionais. Segundo matéria da EBC, “relatório preliminar apresentado em março de 2017 sobre o massacre na Região Norte,  mostrou que as autoridades não sabiam ao certo o total de presos encarcerados no estado e que, além da guerra entre as facções, o massacre foi motivado pelas péssimas condições dos presídios do estado, a superlotação e a fragilidade do sistema prisional.”
 
Sindarspen, 04 de janeiro de 2018

Foto: Agência Brasil

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