O Sindicato entregou um documento no qual reivindica: aumento de pessoal para reduzir o déficit de 1.600 agentes no Paraná; regulamentação da carreira do agente penitenciário; redistribuição das vagas da carreira dos agentes no QPPE de forma a atender todos que têm direito à promoção; implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os agentes, incluindo o direito à aposentadoria especial; suspensão da instalação dos shelters; instalação da automação nas unidades para melhorar a segurança no trabalho dos agentes; fim da política de terceirização do sistema em curso no DEPEN; e criação de uma secretaria própria para a administração penitenciária.

Para todas as pautas o documento faz um apontamento das possibilidades de solução das questões levantadas. “Seria uma imaturidade do governo não ouvir a categoria que mais conhece o sistema penitenciário”, declarou Borghetti ao afirmar que as demandas levadas pelos agentes serão consideradas em sua gestão.

O retorno de cada assunto será tratado diretamente com os titulares de cada pasta envolvida. A coordenação desse trabalho ficou por conta da secretária Chefe de Gabinete da Governadora, Lucília Dias, que acompanhou a reunião. 
 

 

DATA-BASE
 

Apesar de ser algo que só sairá de forma coletiva para todos os servidores estaduais, o SINDARSPEN reforçou no documento a necessidade de garantia da data-base, atrasada há dois anos e meio. Essa questão terá uma reunião específica junto com os demais sindicatos de servidores que integram o Fórum de Entidades Sindicais. 

 

SECRETARIA PRÓPRIA E AUTOMAÇÃO
 

Cida Borghetti garantiu logo no início da reunião que será atendida a reivindicação dos agentes da criação de uma secretaria própria para o sistema penitenciário, uma defesa que vem sendo feita pelo sindicato como forma de valorização da categoria. “Não podemos mais seguir como apêndice de outras secretarias. Temos necessidades específicas e uma secretaria própria é uma forma de garantir que recebamos a atenção devida do Estado”, defendeu a presidente do SINDARSPEN, Petruska Sviercoski.

“Vamos criar uma secretaria nos moldes do Estado de São Paulo. Dentro de alguns dias, divulgaremos o titular da pasta”, disse a governadora. O SINDARSPEN ratificou a importância de que a nova secretaria seja comandada por um profissional da carreira dos agentes penitenciários, que conheça os problemas enfrentados pelos servidores da área.

O estado de São Paulo também deve ser o modelo a ser seguido para a implantação da automação nas unidades penais. O SINDARSPEN solicitou que seja dado prosseguimento ao projeto iniciado no ano passado, quando o Sindicato intermediou a relação entre as gestões penitenciárias de SP e PR para que aqui fosse implantado sistema semelhante ao já adotado pelo estado vizinho, onde em 5 anos 100 unidades já foram automatizadas. “O contato zero entre agentes e presos reduz a chance de rebelião, dá mais segurança aos agentes e otimiza o trabalho dos profissionais”, defendeu Neves. Segundo a governadora, há chances dela fazer a inauguração das primeiras unidades automatizadas ainda neste ano.

O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB), que participou a reunião, reforçou a importância da categoria para a segurança pública e defendeu que ninguém melhor que os agentes para conhecer os problemas do sistema penitenciário e que, por isso, ouvir a categoria é o melhor para uma boa gestão na área. 

Além da presidente e vice-presidente do SINDARSPEN, participaram da reunião o presidente eleito, Ricardo Miranda, e os dirigentes sindicais Vanderleia Leite, Rodrigo Fontoura, Marco Aurélio Menegildo, Luiz Carlos Lima, Tiago Corrêa, Ricardo Cícero Paz, Gilberto Rodrigues, Jiefferson Zablocki, Paulo Idalécio e Paulo Córdova.