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Agentes da CPAI debatem proposta de transformação da Colônia em unidade de progressão


06/09/2018


O SINDARSPEN esteve reunido nesta quarta-feira (5/9) com agentes penitenciários que trabalham na Colônia Penal Agroindustrial (CPAI) para debaterem a proposta que vem sendo trabalhada pelo Departamento Penitenciário de transformar a CPAI em unidade de progressão.

No início do ano, o Sindicato apresentou denúncias sobre a precariedade da unidade para vários órgãos ligados à Execução Penal, como DEPEN, o Tribunal de Justiça e Comissão de Direitos Humanos da OAB. Em março, o caso de uma adolescente encontrada no interior da unidade chamou atenção da sociedade para a situação de abandono da Colônia. O Sindicato denunciou que as falhas na segurança da CPAI atentam contra a segurança de todos, sobretudo, dos servidores. 
 
A transformação da Colônia em unidade de progressão vem sendo aventada pelo DEPEN como uma forma de resolver a situação da unidade. O projeto conta com o apoio da OAB, TJPR e do Conselho da Comunidade. 

“É muito bom que haja essa união de esforços para resolver a situação da CPAI, mas queremos que esse projeto atenda aos anseios de quem trabalha na unidade”, defendeu o presidente do Sindicato, Ricardo Miranda. 

Atualmente, trabalham na Colônia cerca de 40 agentes por plantão, para dar conta de 1.141 presos em regime semiaberto. “Pela Lei de Execução Penal, esses detentos deveriam sair durante o dia para trabalhar, porém, 376 deles passam o dia ociosos, vagando pela unidade porque não tem nada pra eles fazerem. São mais de 300 homens soltos na Colônia deixando os servidores vulneráveis. A Colônia já não vem mais cumprindo seu objetivo”, explica a agente Denise Correa, que trabalha na CPAI e também é diretora do SINDARSPEN. 

Entre as principais questões levantadas pelos agentes, estão: a necessidade de reforma nas estruturas da unidade, aquisição de equipamentos de segurança e aumento de efetivo. 

“Vamos agora apresentar as questões para o DEPEN para que esse projeto de alteração contemple as questões colocadas pela categoria”, apontou Ricardo. 
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