As penitenciárias do Paraná amanheceram fechadas nesta segunda-feira (30) em protesto aos atentados ocorridos contra Agentes Penitenciários e pela insegurança dentro e fora das unidades. Mais de 3 mil servidores aderiram à paralisação que, inicialmente, terá a duração de três dias.
A motivação da manifestação é a falta de medidas eficazes por parte do governo para acabar com a onda de violência contra os servidores. Além dos dois incidentes em menos de 15 dias, a tensão dentro das unidades prisionais vem aumentando consideravelmente pela falta de condições de trabalho, motivo pelo qual se faz necessária uma atitude mais firme por parte da categoria. A instabilidade na segurança dos estabelecimentos prisionais está refletindo também fora do horário de serviço, amedrontando ainda mais a categoria que já está tão marcada pelo abandono dos gestores.
Durante a paralisação, alguns procedimentos serão suspensos, como escola, pátio de sol, trabalho, atendimentos aos presos, entrega de sacolas, entre outros. Apenas serviços emergenciais serão realizados. “O Sistema Penitenciário está abandonado. É necessário contratar mais Agentes, investir em segurança dentro e fora dos presídios e construir novas unidades penais. Anunciar medidas emergenciais apenas em momentos de crise não é a solução dos problemas” explica, Petruska Sviercoski, vice-presidente do SINDARSPEN, referindo-se às atitudes do governo.
Além da paralisação, os Agentes de Curitiba e Região Metropolitana realizaram um protesto nesta segunda-feira (30) em frente ao Complexo Penitenciário de Piraquara. “Queremos segurança! Não temos condições de realizar o trabalho dentro das unidades de forma segura e, para piorar, não temos a certeza de que estamos seguros nos dias de folga! Se antes encerrar um plantão vivo já era um alívio, agora qualquer convívio social é um risco para o Agente Penitenciário”, diz Petruska.
De acordo com o SINDARSPEN, a paralisação deve durar até quarta-feira (01), mas a categoria não descarta a possibilidade de greve geral no Sistema Penitenciário do Paraná.
Para tanto, os Agentes Penitenciários devem se manter unidos e mobilizados, continuando a paralisação durante os três dias, além de seguir a risca os procedimentos de segurança segundo o caderno do Departamento Penitenciário nas movimentações que forem essenciais. Todas as unidades aderiram à paralisação e devem dar continuidade ao movimento nas demais equipes!
Nossa vida deve ser prioridade! É paralisação por segurança!
