Na última semana, foi anunciada a realização de treinamento com oito agentes penitenciários da Casa de Custódia de Maringá (CCM), para prepará-los para fazer a movimentação dos presos realizando a revista geral sem a Polícia Militar (PM).

A iniciativa, que partiu dos próprios agentes da unidade, tem como objetivo aumentar a agilidade e segurança interna com técnicas de intervenção tática em procedimentos como solturas dos presos para o pátio de sol, atendimentos médicos, conversas com advogados e demais movimentações dentro da unidade.

O treinamento será realizado pelo Pelotão de Choque da PM, no 4º Batalhão em Maringá, para padronizar o serviço dentro de unidades penais conforme as normas da unidade.

“Estamos fornecendo equipamentos desde capacetes, escudos, tonfa e materiais para que os agentes penitenciários possam trabalhar. Num segundo momento, com a devida autorização do departamento penitenciário do estado do Paraná, os diretores vão fazer a solicitação de armas de controle de tumulto e armas de fogo. Quando autorizado isso, o 4º Batalhão tem condições de fornecer esse tipo de armamento para o uso dos agentes penitenciários”, explica o comandante do Batalhão, coronel Antônio Roberto dos Anjos Padilha.

Com a capacitação, a expectativa é de que o trabalho dos demais agentes penitenciários também fique mais seguro.

Para a diretoria do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a iniciativa é fundamental para melhorar as condições de trabalho nas unidades – já que a quantidade de presos aumenta desproporcionalmente em relação ao contingente de servidores.

“Essa é uma ação necessária, mas ainda paliativa. É preciso que o governo invista em mais treinamento, com a formação de grupos especializados em intervenção tática em todas as unidades penais do Estado, contratar mais agentes penitenciários e voltar a lotação carcerária para a capacidade limite de cada unidade”, afirma o diretor executivo do Sindicato, José Roberto das Neves.