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Rebelião na CCC expõe mais uma vez falta de segurança para trabalho de agentes

Atualmente, na CCC, há mais de 30% de superlotação com menos da metade do efetivo necessário trabalhando
03/07/2018


Chega ao terceiro dia a rebelião  na Casa de Custódia de Curitiba, que fez 4 agentes penitenciários reféns. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (SINDARSPEN) está acompanhando desde o início, reafirmando que as rebeliões são reflexo de uma politica de precarização do sistema prisional.

No caso específico da CCC, a estrutura foi construída para 408 presos e hoje já passam de 600. E ainda existe a intenção, por parte do governo estadual, de instalar shelters para aumentar ainda mais o numero de detentos.

Para Ricardo Miranda, presidente do Sindarspen, “estamos denunciando o problema da superlotação há anos. Com isso, o agente penitenciário é o mais prejudicado. Na Casa de Custódia, por exemplo, existe já mais de 30% de superlotação e trabalhamos com menos da metade de funcionários necessários.”

Além da defasagem de número de agentes penitenciários em todo o sistema carcerário do estado, há ainda a falta de investimento em treinamento e segurança. “Não podemos mais encarar com normalidade agentes trabalharem sem o mínimo de segurança. Não existe investimento nesta área,” diz Ricardo. 

Foram 172 presos que iniciaram a rebelião no último domingo reivindicando a transferência de sete detentos. O que foi informado é que há dois meses já existe uma decisão judicial para que estes detentos sejam transferidos, porém não foi executada.  Quatro agentes foram feitos reféns e ainda é preocupante a situação. 

O SINDARSPEN ofereceu todo apoio e estrutura aos familiares destes agentes, bem como continua acompanhando presencialmente o desenrolar das negociações. 

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