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SINDARSPEN pede que DEPEN providencie força-tarefa para evitar surto de sarna na Casa de Custódia de Piraquara

A preocupação é que a doença chegue aos agentes, que poderão contaminar seus familiares e outros presos da unidade.
13/02/2019


O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná solicitou quarta-feira (13) que o Departamento Penitenciário do Paraná providencie imediatamente uma força-tarefa de saúde para conter a possibilidade de proliferação de sarna na Casa de Custódia de Piraquara (CCP). No ofício o Sindicato propõe que a Secretaria Estadual de Saúde seja acionada.

Na última segunda-feira, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP) iniciou um processo de transferência de presos para a unidade, após a Vigilância Sanitária de São José dos Pinhais ter interditado a maior delegacia da cidade em decorrência de surto da doença no local. Foram transferidos para a CCP 52 presos com sarna, que ficaram isolados em sete contêineres, onde já estavam outros 16 presos com ouros problemas de pele.

O SINDARSPEN alerta que, apesar do isolamento, a chance de contaminação para os agentes penitenciários é enorme, já que apenas uma enfermeira trabalha no local e um médico dá plantão uma vez por semana. Na CCP trabalham cerca de 100 agentes, divididos em três equipes. O contingente que faz a movimentação dos presos isolados é o mesmo que faz a movimentação dos outros 1.500 presos que já estavam no local.

Ontem, a diretoria do SINDARSPEN esteve na unidade e a preocupação dos servidores é enorme. “Quando os presos chegaram, foi dada medicação aos agentes, mas esse remédio não tem ação imediata. O risco de contaminação dos trabalhadores é real e eles, além de contaminarem outros presos, podem contaminar suas famílias em casa”, relata o dirigente sindical Rodrigo Fontoura, que esteve na CCP.

A sarna humana é uma doença de pele, chamada também de escabiose, causada por ácaro que infecta a pele e provoca sintomas como coceira intensa e vermelhidão. A doença é facilmente transmitida entre pessoas que partilham roupas, lençóis ou toalhas, sendo, por isso, recomendado evitar o contato direto com a pele da pessoa infectada ou com suas roupas, pelo menos até ao final do tratamento.

O SINDARSPEN também solicitou ao DEPEN que haja um aumento no número de servidores de saúde fixos na unidade.