Menu

Policiais Penais conquistam vacinação prioritária contra o coronavírus, mas quantidade de doses para a categoria precisa ser maior

Conquista é importante, embora quantidade pequena de doses ainda seja um impedimento para que a categoria seja toda vacinada neste primeiro momento. SINDARSPEN reivindica mais vacinas
05/04/2021


O Governo do Estado atualizou as priorizações para receber as vacinas contra o coronavírus, adiantando o envio de imunizantes para os servidores do Sistema Penitenciário e das Forças de Segurança e Salvamento e, na última quinta-feira (01/04), anunciou o início da vacinação desses grupos. Embora poucas, essas primeiras doses de vacina são um importante passo para a imunização dos policiais penais do Paraná.

(Clique aqui e confira a tabela atualizada de prioridades no site as SESA).

O início da vacinação da categoria no estado vem sendo reivindicada pelo SINDARSPEN desde o início de janeiro. Em âmbito nacional, a entidade vem participando também dessa luta por meio da União das Polícias do Brasil (UPB) e da Associação dos Policiais Penais do Brasil (Ageppen-Brasil). 

A preocupação agora está na quantidade de vacinas disponíveis. Do total de doses recebidas na semana passada pelo Paraná, apenas 2.277 são para atender esses servidores, sendo somente 110 destinadas aos agentes penitenciários (policiais penais) estaduais e aos federais que atuam no estado, uma quantidade muito pequena diante do efetivo estadual, que é de 2.673 policiais penais e 1.480 agentes de cadeia.

Segundo o governo, a escassez de vacina em todo o país fez com que fossem criados critérios para definir quem seriam os primeiros imunizados entre os prioritários dos servidores penitenciários e forças de segurança. Veja abaixo os critérios adotados pelo Plano Nacional de Imunização e como se aplica aos policiais penais:

1) Trabalhadores envolvidos no atendimento e/ou transporte de pacientes (no caso dos policiais penais e agentes de cadeia, os que trabalham na escolta de presos e acompanhamento para hospitais e para os serviços de saúde dentro das unidades penais, do Complexo Médico Penal e nas unidades sentinelas que concentram os presos com convid-19);

2) Trabalhadores envolvidos em resgates e atendimento pré-hospitalar (no caso do sistema pnitenciário, os que trabalham no atendimento de emergência aos presos que solicitam assistência médica durante todo o plantão, inclusive no período noturno, finais de semana e feriados);

3) Trabalhadores envolvidos diretamente nas ações de vacinação contra a covid-19 (quando houver a vacinação da massa carcerária, os policiais penais e agentes de cadeia serão os principais mobilizadores, organizadores e operacionalizadores da vacinação nas unidades penais e precisam estar imunizados);

4) Trabalhadores envolvidos nas ações de vigilância das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o público independente da categoria (no caso das prisões, não é possível o distanciamento social como se faz fora delas. Nessa dinâmica, o policial penal passa todo o seu plantão em contato direto com a massa carcerária, inclusive, com os suspeitos e os já confirmados com covid-19).

Esses critérios deixam claro que a quantidade de vacinas disponibilizada agora para os servidores penitenciários é muito menor do que deveria. Na avaliação do SINDARSPEN, é possível que essas doses tenham sido contabilizadas com base em números subnotificados de servidores ou que os policiais penais não foram considerados em alguma das quatro linhas de frente mencionadas na Nota Técnica do Ministério da Saúde que definiu a priorização e que é seguida pela SESA, o que deve ser esclarecido e ajustado.

Diante desse quadro, o SINDARSPEN está solicitando ao Governo do Paraná que seja revista a quantidade disponibilizada e a proporção de distribuição, além de cobrar que mais doses de vacina sejam adquiridas pelo estado.

Além disso, os policiais penais continuarão, juntamente com a UPB, solicitando ao Ministério da Saúde uma maior quantidade de doses para os profissionais de segurança pública. Ao DEPEN, o Sindicato está solicitando que seja divulgado antecipadamente e detalhamente os critérios de destinação das vacinas entre os policiais penais e agentes de cadeia.