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Agentes fazem operação pente fino na PEF II

Ação tem a participação de agentes do SOE
18/10/2017


Cerca de 100 agentes, sendo 28 do Setor de Operações Especiais do DEPEN (SOE), iniciaram hoje pela manhã uma operação pente fino na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II para fazer uma varredura em busca de armas artesanais, celulares, drogas e focos de possíveis fugas.
 
A ação foi demandada ontem pelo SINDARSPEN à direção da PEF II em reunião que tratou da segurança dos servidores. Na tarde da última segunda-feira, um agente sofreu uma tentativa de homicídio enquanto transportava um preso do seguro. O homem alvejou o trabalhador com um estoque (arma artesanal feita na prisão).
 
A reunião com a direção da unidade teve a presença de agentes das três equipes, além dos delegados sindicais Fábio Borges (PEF II) e Fabiane Antunes (CRESF) e da diretora do Sindicato em Foz, Vanderleia Leite.
 
Hoje seria dia de entrega das sacolas de familiares aos presos na unidade, mas a atividade foi suspensa diante varredura.
 
O efetivo do SOE que participa da ação é composto por agentes vindos das quatro bases do estado, Maringá, Cascavel, Curitiba e Londrina.
 
Problema estrutural
 
A violência sofrida pelo agente na PEF II não é um caso isolado. Frequentemente os agentes penitenciários do Paraná sofrem ataques por parte dos presos, que descontam nos trabalhadores sua revolta com o descaso do Estado. As ações dos presos acabam encontrando brecha nas muitas falhas do sistema penitenciário no que tange à segurança dos servidores.
 
A falta de agentes para atender as demandas das unidades e a ausência de automação nas penitenciárias são vistas como os maiores gargalos. “Aqui na PEF II, são 35 agentes por plantão pra uma unidade com cerca de 1000 presos. Estamos em completo desacordo com as determinações do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o CNPCP, que preceitua que exista 1 agente para cada 5 presos. Aqui temos 28 presos por agente num plantão”, relata Vanderleia. “Precisamos de contratação de pessoal, construção de novos presídios e de automação das unidades”, reivindica.
 
A situação relatada na PEF II também não é um caso isolado. Em todo o Paraná, o déficit de agentes chega a 1.600 profissionais e apenas quatro das 33 unidades são automatizadas.  
 
O SINDARSPEN tem tentado junto ao DEPEN a implantação de projetos de automação no estado.  
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