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Agentes femininas qualificadas para trabalhar com o body scanner


15/04/2016


O body scanner é uma ferramenta importante que garante a segurança dentro das unidades penais e restringe ainda mais a entrada de materiais ilícitos. Para aprender como funciona e quais são as técnicas desse equipamento, nesta semana dezenas de mulheres que atuam como agentes penitenciárias realizaram um curso sobre body scanner.

O curso foi fruto de uma parceria feita entre o Sindarspen, a Escola de Serviços Penais (Espen) e a Divisão de Operações Especiais (DOS). A fim de capacitar um número maior de servidoras, o curso foi realizado nas regiões de Cascavel e Foz do Iguaçu.

Em Cascavel o curso para a operação do body scanner foi realizado na última terça-feira (12), com cerca de 20 agentes de Cascavel e Francisco Beltrão. Já em Foz, foi realizado de 12 a 14 de abril, também com aproximadamente 20 alunas, e abrangeu não só o uso do aparelho, mas também técnicas de segurança para as agentes que custodiam as presas.

“Achei ótima a iniciativa do Sindicato de trazer o curso para a gente, porque quanto mais informação melhor é para trabalhar, e mais segurança temos no dia-a-dia. Eu gostei muito do curso, foi bastante produtivo porque não ficamos só na teoria, aprendemos na prática do trabalho mesmo”, destacou a aluna Telma Aparecida Scherpinski, que trabalha como agente da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II (PEF II).


Aprendizado


Além das aulas teóricas sobre o uso do body scanner, o curso agregou mecanismos operacionais para as agentes colocarem em prática e assimilarem melhor os conhecimentos. Com isso, as profissionais aprenderam a manusear o scanner e a identificar possíveis materiais ilícitos, como drogas e celulares, junto com os visitantes.

“Acho que isso vai melhorar o nosso trabalho. Já temos o scanner na nossa unidade, mas não tinha nem ideia de como lidar, agora que fizemos o curso vamos poder colocar em prática tudo o que aprendemos. Se tiver mais cursos tem que trazer para nós, porque precisamos disso até como incentivo na profissão”, afirmou a aluna Adriane Dequi Palma, da PEF II.

No treinamento sobre técnicas de segurança em Foz do Iguaçu, as alunas viram técnicas para conter situações de crise nas unidades, como imobilização, algemação e defesa pessoal. Assim, elas terão melhor domínio da situação em caso como motins, por exemplo.

“Recebemos um retorno bastante positivo das agentes. A Espen e a DOS pretendem levar cursos da área de segurança e tratamento penal para o maior número de agentes possíveis, contamos com apoio do sindicato para fazer este trabalho”, frisa o coordenador dos cursos junto à Espen, Leandro Marchar.

Importância

Para o Sindarspen, promover a qualificação da categoria é fundamental para garantir melhores condições de trabalho e mais segurança tanto para as unidades como para a vida dos servidores.

“O agente penitenciário é funcionário do estado, então precisa estar capacitado e preparado para atuar em qualquer unidade e em todas as situações, já que o estado exige isso dele. Só o treinamento quando iniciamos a carreira não é suficiente para conhecer tudo, então precisamos dessa qualificação para garantir melhores condições ao servidor”, destaca a diretora Executiva do Sindarspen, Vanderléia Pereira Leite.

De acordo com Vanderléia, ter cursos específicos para o trabalho das mulheres também é importante. Segundo ela, este foi um dos primeiros exclusivo para mulheres.

“A capacitação fortaleceu a importância do trabalho da mulher no serviço penal e demonstrou a sensibilidade do Sindicato para as diferenças de gênero que existem nesse ambiente muitas vezes rude”, finaliza a diretora. 
Tags: mulheres