Na tarde de hoje (29), o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), juntamente a agentes penitenciárias, se reuniram com o diretor do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen), Luiz Alberto Cartaxo Moura, para tratar da remoção das servidoras.

A proposta apresentada pelo Depen é de deslocar as agentes que trabalham nas portarias de unidades masculinas de Curitiba e Região Metropolitana para unidades femininas, porém com a possibilidade de elas serem indicadas para suprir deficits em uma penitenciária para homens.

O maior problema é que, se durante um plantão surgir alguma demanda nas unidades masculinas, as agentes deverão se deslocar até ela independentemente de a unidade ser no Complexo Penal ou fora dele.

O Sindarspen expôs ao diretor do Depen que é inviável a transferência das agentes penitenciárias para unidades femininas desta forma, já que irá sobrecarregá-las no exercício de suas funções.

Segundo Cartaxo, o Departamento não tem outra alternativa a não ser colocar as agentes para realizar o deslocamento e que algumas exceções serão feitas. Ainda segundo ele, não está descartada o fim das folgas de 12h dos agentes penitenciários masculinos.

Tal situação é decorrente da má gestão do governo Beto Richa que, sem aumentar o efetivo de servidores, coloca o resultado de seu “destrabalho” nas costas dos agentes. Para o diretor jurídico do Sindarspen, Ricardo de Carvalho Mirando, com os contratos de Processo Seletivo Simplificado (PSS) vencendo, o governo poderia se planejar para repor o efetivo e contratar um número suficiente de agentes.

Sem solução amigável, o Sindarspen irá ingressar com medida judicial para garantir às agentes mais qualidade de vida, já que possuem direito de exercer suas funções em uma única unidade sem a necessidade de apenas “tapar buracos".